terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Dr. Ducatti: um exemplo para as novas gerações

            E o tempo passou como um relâmpago, conforme ouvíamos os mais velhos observarem durante nossa juventude.
Tive a felicidade de conhecer um futuro médico que em suas férias gostava de ajudar seus irmãos na Farmácia Borges, famosa em seu tempo. Sempre com o sorriso simpático, estava ali o João Albino, de muitos irmãos, apoiando-os na movimentada drogaria, como que a selar uma união de família que a muitos agradava.
Logo veio o médico pediatra desenvolver um trabalho ininterrupto, receptor, ao mundo, de milhares de crianças com carinho, competência e carisma que durou até que Deus o viesse levar há pouco. Tive a honra de tê-lo Pediatra de meus filhos.
            Rapidamente se implantou, consagrou-se e soube lograr aquilo que Dr. Spina observou-me um dia: “Fauze, atente para um fato certo: fazer clínica é fácil. Difícil é mantê-la ao longo de toda a carreira”. Ducatti soube manter a mesma atenção e eficiência que deve sempre estar presente, mormente, para o pediatra. E soube finalmente manter sua clientela pela sua acertada vocação.
            Apaixonado pela classe que procurou defender, fazia questão de liderar por 3 décadas a atividade esportiva da Casa do Médico, trabalhando pela organização e com participação efetiva em quase todas as modalidades de disputas nos Jogos dos Liberais.
            Uma personalidade apaixonada também pela nossa Santa Casa. Em momentos difíceis ao longo da história da instituição, procurava fazer o “meio de campo” para acomodar as incompreensões que pudessem estar vigendo na busca de um futuro melhor para a quase centenária casa de atendimento às mais diversas aflições.
            Era o seu jeito calmo, paciente e reflexivo com a postura de ouvir, ouvir e ouvir, antes de emitir uma opinião que sempre se caracterizou por ser aglutinadora, procurando acalmar as coisas nos momentos mais difíceis de nossa querida Santa Casa.
            Foi embora o bom colega e amigo. O bom filho e irmão. O bom esposo e pai, com a característica de ser muito querido pelos seus cunhados, sogro e sogra  mineiros de BH; como também os barretenses e os olimpienses.
Foi embora um palmeirense fanático, mas que sabia lidar com os “adversários de time” sempre com educação, fineza, esportividade e lucidez sobre as realidades que envolviam cada time de futebol.
            Contar a história do “Dr. Ducatti” careceria páginas e mais páginas. Porém, o momento é de uma singela homenagem por essas palavras que devem carregar o pensamento, as orações e a solidariedade dos médicos de todas as gerações.
            Às novas “levas” de jovens profissionais médicos, de várias idades, fica um exemplo que estará cada vez mais difícil de se encontrar, especialmente, num mundo de mudanças a cada instante.
            Nossa Barretos e região é grata pela sua missão bem cumprida.
            Um grande abraço à Lucinha e à Bruna e esposo. Nossa gratidão por poder ter a oportunidade de conviver com o “Duca”.
            Que Deus o receba em sua Misericordiosa Graça.


Dr. Fauze José Daher

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