O Brasil, enquanto Estado, tem sido cada vez mais conclamado a tê-lo reduzido de tamanho mercê da inoperância e descrédito de grande parte do seu corpo.
Impressiona, assusta e indigna a opinião dos brasileiros, em suas diversas classes sociais, o altíssimo custo e desperdício de recursos para a sua sustentação, praticamente “roubando” uma grande fatia do orçamento, limitando investimentos econômicos e sociais importantes.
Pois bem. O Senado Federal que deveria fazer o papel de moderador das decisões parlamentares, advindas da Câmara Federal, antes de serem aproveitadas pelo Executivo, mostrou, nessa semana, ter feito o oposto. Isto é, derrubou um veto presidencial, vital para o momento do País, que havia sido equilibradamente acatado pelos Deputados Federais, numa decisão absurda do Senado perante a opinião geral.
Daí o paradoxo: foi preciso a Câmara Federal reprovar o gesto do Senado, funcionando (ela Câmara Federal) como o órgão moderador das decisões. Ainda bem.
Dentre muitas razões e em decorrência disso, faz voltar e recrudescer um desejo popular nacional: por que não acabar de vez com a instância Senado Federal? A reforma política estaria aí para isso, realizando um desejo nacional, agora pautado em mais uma razão.
Razões outras são, cada dia, mais claras da desnecessidade desse órgão caríssimo, abarcador de políticos com os mesmos vícios de politicagem e oportunismo nocivo ao País e injusto ao interesse coletivo de quem representam ou deveriam bem representar.
Vejamos. Como podem estados de diferentes proporções demográficas, importância econômica social, terem o mesmo número de Senadores? Exemplo: São Paulo 3 senadores e Amapá também 3? Figuras que podem se eleger com menos de 100.000 votos e terem o mesmo poder decisório de outro Senador com 5 milhões de votos? É um flagrante desequilíbrio de fator de representatividade/legitimidade.
Outra aberração: o suplente de Senador ser uma pessoa escolhida sem o mínimo critério de respaldo popular, ao gosto e controle do titular, é evidente absurdo quanto à efetiva representatividade e consequente legitimidade.
O altíssimo custo de manutenção desse status, torna-se muito pior quando ficou evidenciado agora, agindo como um órgão nocivo, atravancador e desarmonizador numa decisão crítica, contra contenção de gastos de medida vetada, “derrubada” pelo Senado e mantida pela Câmara Federal.
Peculiaridade estranha é o longo período de mandato de 8 anos: que torna a grande população e o cidadão, refém de podridão que hoje envolve grande parte do atual Senado, dando oportunidade a que se candidatem a outros cargos executivos, a cada 4 anos, com o privilégio de, perdendo, continuarem como Senadores, mantendo os vícios sempre nocivos à população.
Vem como um alerta para revelar a verdadeira desnecessidade de Senado Federal que é caro, não soma nada, mal representa e promove decisão antipatriótica como a da última semana.
O senado criado no Império Romano, subsiste ainda na forte democracia americana e suprimido na maioria de modelos governamentais de nações contemporâneas e de maior nível de civilização.
Pela reforma política seria difícil mudar?
Parece que sim. Mas, a opinião pública, mobilizada nesse sentido, pode fazer diferença.
Para isso, estão aí as redes sociais e as ruas para mudar as vontades equivocadas.
Dr Fauze José Daher
Médico e Advogado
Concordo com o Senhor. Seria bom diminuir esse Legislativo, ter apenas os deputados já seria o suficiente, seria uma economia de $$$ e de tempo e de negociatas.
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