domingo, 21 de dezembro de 2014

Natal sem músicas? Que tempos são esses?

            
         O mundo atual tem sofrido transformações galopantes no comportamento social dos habitantes de nosso planeta. São inúmeros os exemplos, muitos como consequências da evolução tecnológica, com grande impacto na postura, reações, sensibilidade e manifestações das mais variadas dos cidadãos do novo tempo.
         Mas o que tem chamado atenção nesse período natalino é a falta de entusiasmo relativo ao tema Natal.
 Os mais antigos, leia-se de idade sexagenária, como os de faixa etária mais jovem (quarentas e cinquentas) assistiam um clima natalino muito mais intenso e de comemoração mais precoce.
Via-se volume muito maior número de residências e fachadas comerciais com enfeites e adornos típicos dessa comemoradíssima ocasião do ano. Antigamente, a partir do início de Novembro. Depois, veio passando para 2a. quinzena. Nos dias atuais observou-se um certo desalento refletido no arrastado esforço de se enfeitar ambientes na primeira semana de Dezembro.
E o entoar de músicas natalinas ? Como era comum, abundante e sensibilizante ouvir-se músicas típicas nos programas de radio, e nas propagandas comerciais. Parece que o costume se rarefez.
Em verdade vivemos um ano atípico pela incerteza econômica que nosso país passa. Mas esse fenômeno não é desse ano. Vem decaindo ano a ano nesse 3o. Milênio.
É realmente uma constatação que entristece, porque o clima é feito à custa desses cuidados em enfeitar e entoar, entoar e entoar as músicas de natal que, aliás, é gravada por todos os cantores internacionais mais famosos.
É uma pena. Para não focar nossa cidade, onde houve um atraso nessa providência que muito agrada a todos os segmentos da sociedade, fica o exemplo negativo de nossa capital paulista, em que a prefeitura foi duramente criticada na montagem do ícone natalino de São Paulo, tradicionalmente montado no coração do Parque Ibirapuera.
Disfarçando a falha, trataram de justificarem-se que a montagem (por sinal, bela), iria ficar até o dia 6 de Janeiro, como se fosse uma contemplação ou compensação da observada falha.
Fica o registro de que o contraste entre a fartura de decorações e reproduções maciças das músicas tradicionais de antigamente, com o recolhimento ou acanhamento verificados em nossos dias, possa ser um fator de motivação para os próximos anos.
Enfim, se o mundo caminha para uma tendência cada vez mais fria nas relações humanas, pelo menos nessa comemoração eminentemente Cristã, que é também comemorada, simpática e carinhosamente, pelas outras religiões, haja preservação das gostosas características desse período, projetadas aos tempos futuros.
Apesar de tudo, que tenhamos uma grande comemoração de Natal.
Ainda é, e sempre será tempo.

                                    Fauze José Daher

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