O
mundo atual tem sofrido transformações galopantes no comportamento social dos
habitantes de nosso planeta. São inúmeros os exemplos, muitos como
consequências da evolução tecnológica, com grande impacto na postura, reações,
sensibilidade e manifestações das mais variadas dos cidadãos do novo tempo.
Mas
o que tem chamado atenção nesse período natalino é a falta de entusiasmo
relativo ao tema Natal.
Os mais antigos, leia-se de idade sexagenária,
como os de faixa etária mais jovem (quarentas e cinquentas) assistiam um clima
natalino muito mais intenso e de comemoração mais precoce.
Via-se volume
muito maior número de residências e fachadas comerciais com enfeites e adornos
típicos dessa comemoradíssima ocasião do ano. Antigamente, a partir do início
de Novembro. Depois, veio passando para 2a. quinzena. Nos dias
atuais observou-se um certo desalento refletido no arrastado esforço de se
enfeitar ambientes na primeira semana de Dezembro.
E o entoar de
músicas natalinas ? Como era comum, abundante e sensibilizante ouvir-se músicas
típicas nos programas de radio, e nas propagandas comerciais. Parece que o
costume se rarefez.
Em verdade
vivemos um ano atípico pela incerteza econômica que nosso país passa. Mas esse
fenômeno não é desse ano. Vem decaindo ano a ano nesse 3o. Milênio.
É realmente uma
constatação que entristece, porque o clima é feito à custa desses cuidados em
enfeitar e entoar, entoar e entoar as músicas de natal que, aliás, é gravada
por todos os cantores internacionais mais famosos.
É uma pena. Para
não focar nossa cidade, onde houve um atraso nessa providência que muito agrada
a todos os segmentos da sociedade, fica o exemplo negativo de nossa capital
paulista, em que a prefeitura foi duramente criticada na montagem do ícone
natalino de São Paulo, tradicionalmente montado no coração do Parque
Ibirapuera.
Disfarçando a
falha, trataram de justificarem-se que a montagem (por sinal, bela), iria ficar
até o dia 6 de Janeiro, como se fosse uma contemplação ou compensação da
observada falha.
Fica o registro
de que o contraste entre a fartura de decorações e reproduções maciças das
músicas tradicionais de antigamente, com o recolhimento ou acanhamento
verificados em nossos dias, possa ser um fator de motivação para os próximos
anos.
Enfim, se o mundo
caminha para uma tendência cada vez mais fria nas relações humanas, pelo menos
nessa comemoração eminentemente Cristã, que é também comemorada, simpática e
carinhosamente, pelas outras religiões, haja preservação das gostosas
características desse período, projetadas aos tempos futuros.
Apesar de tudo,
que tenhamos uma grande comemoração de Natal.
Ainda é, e sempre
será tempo.
Fauze José
Daher