sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

A VERDADE SOBRE OS RECURSOS PARA A SANTA CASA DE BARRETOS


Os fatos:

-       Junho de 2013, em jornal de Barretos, o ex provedor Renato Peghin afirmou que o governo do Estado, via Secretaria Estadual da Saúde, não iria mandar qualquer recurso para a Santa Casa;

-       Agosto de 2.013, ocorreu a intervenção da Prefeitura, pedida por nós, como Diretor Clínico e comissão de médicos, e respaldada pelo governo estadual;

-       Dezembro de 2.013: Decisão do Governo Alkmin em apoiar a entidade com mais de 10 milhões no decorrer desse ano, e final de 2.013;   atendeu,
     
                         EM VERDADE,

o pedido do prefeito Guilherme de Ávila, mediado pelo Dep. Fed. Vaz de Lima


O QUE NÃO É VERDADE:

-       Jornal “O povo” de propriedade de Paçoca e Pacoquinha (presidente da Câmara) serve-se para dar a notícia de que quem conseguiu o recurso foi o ex provedor Renato Peghin;

-       Aliás, a ajuda ocorreu exatamente por conta do afastamento da referida administração que deve, ainda,  inúmeras explicações. Dentre elas, o paradeiro do dinheiro que endivida historicamente a Santa Casa;

Lamentamos ter que estar repondo a VERDADE:
a população  merece respeito.

Fauze Daher  (Diretor Clínico da S. Casa)



quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

A dor pela perda de um “filho” valente

          Amanhecemos, os Daher, outra vez, sofridos por mais uma perda valiosa.
Dessa feita, foi o menino que fui a São Paulo ver nascer. Parecia curioso, em tempos difíceis de estar viajando a São Paulo, como na década de 60, um adolescente, como eu era, querer conhecer seu primeiro sobrinho da família José Daher: um menino bonito e já carismático, bonito como sempre ficou, talentoso como cresceu, valente e empreendedor como amadureceu e transmissor da fleuma, liderança e carisma do avô, José Amin Daher, de quem muito nos orgulhamos todos.
Um momento que exemplifica seu talento precoce, era um dia estar ele assistindo seu tio Fauze de 27 anos (já médico e ex titular do time de futebol do Barretos Esporte Club), tentando aprender a jogar tênis e, aos 9 anos de idade, Zé Amin fazer-me parar o jogo e mostrar-me o jeito correto de empunhar a raquete: os erros das batidas imediatamente desapareceram.
Daí em diante foi uma carreira de vitórias nacionais, tendo sido campeão juvenil brasileiro nas faixas de 14, 16 e 18 anos, tetracampeão porque replicou, aos 18 anos, o título que conquistara com 17. Conseguir fazer parte da equipe brasileira da Copa Davis, situar-se na posição de 139 do ranking mundial (ATP) enfrentar as dificuldades para avançar na difícil e exigente carreira, porém, plantando uma meta com idealismo agora bruscamente  truncado.
Característica reconhecida no meio tenístico: técnica refinada, estilo cativante, versatilidade de jogo, elegância na postura em quadra e, agora, fora de quadra que o fizeram ganhar tantos amigos.
Era essa a atual posição de querido Zé Amin até o amanhecer de 2a. Feira última. Deus o chamou, para profunda tristeza de muita gente que o amava e admirava, mas como dizia o padre que recomendou sua alma:  “na Graça de Deus será recebido com alegria por aqueles pelos quais certamente também chorou na partida: seus avós, seus pais, seus tios, outros parentes e amigos.”
Era um momento em que liderava um empreendimento que encantava (e encanta) a progressista e exemplar cidade de São José dos Campos, a qual abraçou e por quem foi abraçado. A Daher Tennis Lounge, academia de tênis que reúne professores de gabarito e mais de 600 alunos, no ideal do Aminzinho, busca conseguir reunir mestres talentosos para formar expoentes no esporte.
Seus comandados, parceiros e companheiros são unânimes em coloca-lo como figura central da instituição que, enfim, reflete a sua “face”.
Nos momentos da despedida final, um consolo à família Daher foi sentir demonstrações de carinho, dor, inconformismo de figuras como ex profissionais contemporâneos postarem-se solidárias pela grande amizade. Casos de Dácio Campos, Fernando Roese, Roberto Saad, Paulo Cleto, Ricardo Camargo, Jaime Oncins, e tantos outros que acabaram por formar uma nova família do dia a dia em sua nova trajetória.
Consolo foi ouvir de seus parceiros, Paulo Cunha e Oscar Constantino, que o empreendimento, certamente, vai continuar atendendo ao ideal trazido até agora. Consola saber que a esposa Patrícia e a filha Nathália terão forças para suplantar a falta de alguém que marcou suas vidas de forma sempre presente.
         Consola, de forma doída, mas de certa forma acalmando, a importância que a mídia principal do Vale do Ribeira imediatamente dedicou, em página inteira ao triste fato, mas também ao valor de Jose Amin na história do tênis brasileiro e ultimamente da cidade que abraçou.
         Consolo é ouvir de Camilo Lian, Val Pizarro, Kleber Mansur, Raul Quintino, Gustavo Sasdelli, Davizinho Roquetti, Rita, Durval, Prof. Skol, de Fernando Carvalho, de Neto, de Zecão e tantos barretenses, de ribeirão-pretanos, conhecedores da técnica tenística. Muitos amigos, de diferentes  lugares, que manifestaram seus sentimentos e solidariedade pela nossa perda.
Como foi também assistir lágrimas sentidas de pessoas que nem conhecemos mas, que passaram a fazer parte de sua vida em outros cantos; consola ler notícias amigas como as noticiadas no blog tênis.com Chiquinho (http://www.tenisbrasileiro.com.br/blogs/teniscomchiquinho/2014/01/14/a-historia-de-um-talento-ze-amin-daher/  )
         Enfim, o choro vai continuar abraçados que estamos nos amigos e parentes dos ramos Mauad, de Said (Jamel) Daher, dos Daher de Colina, de São Paulo, de Goiânia e da Flórida. Abraçados às suas irmãs, Bela e Soninha que sabem que o colo do pai volta agora para Barretos, repartidos por nós, tio Samir e tia Mirinha.
 Mas, uma certeza temos: nosso pai, Jose Amin Daher está, nessa altura recebendo ao lado de Deus, alguém que procurou continuar seus ensinamentos de fibra, de luta, de carinho, amor, de empreendedorismo e de senso de família que foi sua marca maior.

                  Obrigado a todos pelo fundamental apoio. Que Deus lhes pague.

Fauze José Daher
(Tio do Naninho)
         

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

UNIMED (BARRETOS) NEGA ACORDO, AJUDA OU DIGNO REAJUSTE COM A SANTA CASA

   A Unimed de Barretos compra 90 p.c. dos serviços médicos de outro hospital menor da cidade e apenas 10 p.c. da Santa Casa. É a situação mais estranha dos últimos tempos, vez que, pela grandeza e importância da Santa Casa sempre foi o contrário. É fácil de avaliar cotejando 330 leitos da Santa Casa versus aproximadamente 40 leitos do hospital concorrente.
            Opinião técnica: com toda a problemática situacional da S. Casa, ainda a segurança que oferece é localmente incomparável, em questão de doenças não oncológicas. Não se justifica, sob qualquer razão, esse disparate de 90 p.c. contra 10 p. c. para a Santa Casa.
            E a coisa vai adiante: enquanto boa parte das cidades que têm Santa Casa e Unimed (estas com hospital próprio), suas diretorias e o quadro associativo dessas cooperativas oferecem ajuda financeira para as Santas Casas, reconhecendo a importância e a retaguarda que elas significam.
            Aqui em Barretos acontece o surpreendente: após ensaiar, por meses (ou anos) seguidos, a reforma de um andar da S. Casa, para inclusive acomodar seus próprios usuários, até com montante definido de aproximadamente 500 mil reais, resolve agora sua diretoria negar essa ajuda com argumento que não convence.
            É lamentável, essa instituição que é uma cooperativa de médicos, em torno de 140 profissionais, tendo seus serviços com correções irrisórias nos últimos 15 anos, admitam seus representantes negarem esse apoio a uma instituição que sempre foi parceira e garantidora inclusive do crescimento desse plano de saúde.
            Fico à vontade para essa crítica, porque fui um dos fundadores dessa regional da Unimed de Barretos, tendo dela me desligado por não concordar com a falta de correção dos valores praticamente congelados há anos.
Acho que a Santa Casa não merece essa “virada de costas”, principalmente por ser essa instituição um patrimônio de Barretos. Se o gesto foi de estranha frieza, será que não seria o caso de cancelar o contrato de prestação de serviços para a UNIMED ? Tenho certeza que os usuários não gostariam e nem merecem perder essa retaguarda de assistência.
Quem sabe não seja uma medida adequada, até para fazer enxergarem (os diretores da UNIMED) o grau de insensibilidade junto ao nosso hospital de nível regional, sem levarem em conta o interesse de uma massa de quase 30.000 usuários do plano.
Certamente uma medida forte deverá desencadear um debate ou polêmica que interessa, sim, ao hospital como tentativa de resolver um problema claro e evidente. Se vir a acontecer tal debate, explicações cobradas dos gestores deverão versar sobre má remuneração aos médicos prestadores, dever moral da UNIMED de retribuir à saúde pública pelo menos uma parte do que economiza com os tratamentos oncológicos realizados pelo SUS, sobre os infalíveis reajustes de recebimento do usuário, etc.
Porém, o que mais choca é começar a assistir parceiros da comunidade, que nada têm a ver com saúde, abraçando a causa, ajudando o hospital, e ver uma cooperativa de atendimento médico/hospitalar, totalmente relacionada com a questão, postar-se soberba e inerte frente ao dever de reajustar preços e apoiar uma instituição do porte da Santa Casa.
Com a palavra o Sr. Marco Aurélio Mariano, que tem respondido pelas negociações da cooperativa de médicos com a Comissão Gestora da Santa Casa.
Palavra aberta também aos demais colegas diretores que, há mais de 10 anos nessa direção, conhecem profundamente o problema. Alguns até com experiência como delegados regionais do CREMESP, que é nosso órgão de fiscalização e defesa do bom atendimento à saúde, cientes até demais do sério problema. Outros, como apoiadores das gestões anteriores que levaram o hospital à situação próxima do caos.


                                                                        Dr. Fauze Daher

                                                                             Diretor Clínico da S. Casa