quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Os “chororôs” de The Voice Brasil

             O Brasil, com certeza, ganhou nas últimas semanas um motivo televisivo para ser valorizado: o excelente, qualificado, inteligente (no formato) programa de revelação de cantores brasileiros, The Voice Brasil.
            Passou a ser uma atração para as quintas feiras dos aficionados da TV, atingindo também aqueles que dela não são tão afins.
            Como impressiona a competência da produção, certamente com o dedo desse talentoso Tiago Leifert. Fizeram ganhar outro enfoque esse tipo de programa, tão antigo em nossa grade de TV, porém, com o poder, agora, de mexer com o interesse do público brasileiro, registrando audiências notáveis.
            E o brilho dos “técnicos” Daniel, Lulu Santos, Carlinhos Brown e Cláudia Leite ? Consagrados, sim, mas agora com um faceta especial, parecendo até serem insubstituíveis nas funções do gostoso programa.
            As emoções fazem, mesmo os mais durões, chorarem diante das apresentações e das críticas dos "técnicos" e do público em geral. Não sei se ando muito sensível por conta da “calosidade” da vida, mesmo tendo sido até pouco tempo, resistente ao clímax do “chororô” em momentos semelhantes.
            Faz me lembrar o grande amigo e colega cirurgião Dr. Hélio Garcia da Costa, que certa vez me afiançou: “Não sei o que me anda acontecendo, mas qualquer notícia ou fato não tão carregado de sensibilidade, tem me levado ao choro fácil”.
            Então mais novo que o saudoso amigo Dr. Hélio, que era um classista firme nas suas convicções, cheguei a admirar tal revelação de mudança de postura emocional. Quem sabe não será aquilo que sempre ouvimos dos mais vividos, dizendo que as décadas nos acrescentam determinadas características ?
            O fato é que “tio Hélio” mudou; acompanho o agora mas certamente o Brasil também, sem entanto precisar ser, o povo, mais vivido para tanto: acredito que a moçada também tem se emocionado.
            E viva a Globo, que achou uma motivação mais artística e gostosa para nos fazer sentarmos frente à TV (tão perigosa e merecedora de vigilância da qualidade) para gostosos momentos de emoção.


                                                                        Fauze Daher

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