Recentemente
um empresário do ramo imobiliário de Barretos anunciou uma nova modalidade de
construção civil na cidade. Seria a formação de grupo de investidores
desembolsando o recurso para a construção dos empreendimentos.
Quem aqui
vive há décadas, assistiu esse sistema florescer nos anos 70s, e avançar com um
volume de dificuldades, desacertos e maus resultados que não deixam saudades.
Quando chegavam a concluir seus produtos deixavam insatisfeitos os parceiros
dos grupos e, quando não concluíram, geraram problemas até hoje ainda bem
evidentes.
Sem
contar os casos de “empreendedores forasteiros” que acabaram fugindo com o
recurso, uma ou até duas vezes, no mesmo terreno de construção.
Isso tudo
gerou verdadeira FALTA DE CREDIBILIDADE no setor, que tem levado alguns
abnegados a construir, concluir e vender produtos, valendo-se de seus próprios
recursos.
Graças a
alguns desses bem sucedidos, essa credibilidade está voltando, porém, muito
devagar em função da desconfiança natural daquele que tem que confiar em
adiantar o dinheiro para conseguir o futuro benefício.
O momento
é muito bom nesse setor, no âmbito nacional, porém, claramente avantajado em
Barretos, em função da melhoria do porte econômico recentemente (últimos 10
anos) conquistado pela nossa “chãopretana” terra. Houve uma demanda reprimida
exatamente pela falta de “construtores”, diante dos motivos acima.
A grande
novidade que começa a reaparecer é o recobramento da CREDIBILIDADE. Essa, sim,
é uma inovação que em verdade deveria ser uma tradição. E nesse instante, que
novamente engatinha, está constantemente ameaçada por aventureiros.
É claro
que devemos receber, incentivar e agradecer a empreendedores que vêm de fora.
Isso é um dos fatores de avanços de urbes que cresceram no passado. Ouso
analisar o assunto, porque estou há 4 anos nesse meio, assim como pude
identifica-lo ao longo dessas últimas 4 décadas.
O
entusiasmo deve ser promovido, vendido, através de mídia aí disponível, porém,
praticado de forma a respeitar o futuro comprador com posturas éticas sempre
cabíveis em qualquer negócio ou atividade humana.
Enfim,
são visões diferentes sobre o mesmo assunto: entendemos que o formato de
agrupar pessoas não é novidade e, sim, já algo meio antigo. O que é novo e
precisa estar sempre fiscalizado é o incremento da CREDIBILIDADE.
Dr.
Fauze Daher
(Empreendedor e ex Sec. Mun.
Desenvolvimento Econômico)