Em meio à preocupante situação de pandemia, poucas pessoas podem se movimentar livremente, num esquema generalizado de contenção em casa de cada um, como é o caso de médicas, médicos, paramédicos, supermercados, postos de serviços e pessoal de segurança.
Dizia colega em rede social reservada aos profissionais da Medicina: alguém decidiu ou decidiram fecharem os consultórios? Aí, vem a resposta de um “calejado” médico: “Em minha opinião, se estamos em guerra contra uma séria pandemia, nossa missão nos coloca como soldados, em trincheira, que não podem ser abandonadas para “ficar casa”. Era o que antigamente se aprendia e se praticava (e o que deve ser ensinado e exercido nos dias atuais).
É por isso aí que, mais uma vez, a Sociedade, em geral, deixa claro o respeito e a admiração por uma profissão de extrema importância. Agora e ao longo da história da humanidade.
Há 2 décadas a “Carta Capital” mediu, via pesquisa de opinião pública, e publicou a categoria médica sendo admirada por 82 por cento da população brasileira, em posição bem distante da segunda colocada. E olhe que numa relação de quase vinte instituições pesquisadas, estavam inclusos também órgãos governamentais, congresso nacional, religiões e políticos entre outras profissões.
Tal gesto ganha maior relevância, somando-se à manifestação da sociedade italiana, que ora sofre com maior angústia e em recente noticiário também aplaudiu os colegas médicos e os paramédicos do seu país.
Ficamos felizes por estarmos, quando necessário, vez ou outra, cobrando de autoridades e gestores de saúde, o respeito a essa categoria merecedora de especial consideração pela dignidade de sua sagrada missão. Isso corrobora e vai de encontro a uma visão que, felizmente, a grande população também tem.
Vale registrar a esperança, mesmo com a mudança dos paradigmas atuais, de podermos contar, no futuro, com colegas imbuídos da mesma formação, espírito profissional e missionário compatíveis com o que aprendemos e procuramos exercer.
Por fim, vamos incluir em nossa postura, nesse momento, enquanto povo cuidado, assistido e tratado, um ingrediente que alguém citou, eu li e gostei:
“Ibn Sina, nome latinizado de Avicena, médico e filósofo árabe, Pai da Medicina moderna, diz: “A imaginação é a metade da doença; a tranquilidade é a metade do remédio; e a paciência é o primeiro passo para a cura”.
A classe médica agradece o carinho e acrescenta, nessa fórmula, algo que nunca faltou, nem poderia faltar nesse momento: as orações e a Divina fé.
Dr Fauze José Daher
ex- Presidente da Associação Paulista de Medicina – Reg. de Barretos
Mestre em Ciências pela Univ. Fed. de São Paulo (UNIFESP)
Membro Titular do Colégio Bras. de Cirurgiões
Advogado