segunda-feira, 22 de outubro de 2018

A verdade sobre benefícios do PSDB a Barretos: o lado da ingratidão e da deslealdade

               Quando se vê a grotesca postura de políticos e de cidadãos barretenses que se postam de forma equivocada, ingrata e até maldosa, fica possível concluir porque não conseguimos atualmente altos escalões na política estadual e nacional.
            Os governos Serra e Alkmin, durante 12 anos, municiaram a Fundação Pio XII no patamar de 1,5 milhão ao mês, durante 12,5 anos, fazendo um volume de mais de 200 milhões de reais apenas para custeio da entidade.
            Governador Alkmin cansou de ajudar até o instante em que a entidade não prestaria contas do dinheiro recebido, que aliás é uma constante.
            Sem contar o investimento na construção do AME de melhor estrutura do estado, que é o AME de Barretos, de que se esqueceu ser um bem público estadual, na construção e no custeio. Parece apoderado sem se considerar o verdadeiro dono que é o povo paulista.
            Agora: vir o “cidadão gestor beneficiário” condenar o apoio estadual e no meio disso tudo oferecer apoio a Márcio França, agora louvando um candidato comunista, servindo-lhe de garoto propaganda no horário político. Isso depois de, ali atrás, apoiar Dilma e trair Serra com toda a sua ajuda institucional, fica demais.
            Uma lambança que mistura deslealdade, ingratidão e falta de sinceridade ao afirmar isenção de posição política, que sempre tem sido discursada, porém, jamais sendo corretamente exercida.
            Não bastasse isso, na mesma esteira de inadequação política, aparece a Sra Graça Lemos, que ficou com cargo de escritório regional do governo do PSDB, durante década ou mais, e agora se presta a apoiar alguém que “caiu do céu”, virando as costas a quem sempre a apoiou, nas suas (incansáveis) pretensões politicas.
            E o resultado estará logo ali: estão apoiando erroneamente porque, derrotados levarão a imagem de Barretos para uma visibilidade politicamente desinteressante.
            Cabe ao povo barretense consertar. Votar maciçamente em quem sempre agraciou com benefícios que, se não foram maiores, é porque ficaram absorvidos pela Fundação Pio XII.
 Ah, sim, hoje os “grandes beneficiários” apoiam a Santa Casa de forma desdenhosa, a qual isso não merece, estando claro e evidente que é fartamente usada como hospital escola de interesse particular.
  É clara a minha posição de gratidão, meramente como cidadão, mesmo porque se fui presidente do diretório local do PSDB há 7 anos (nesse mesmo tempo) já não faço mais parte dele e de nenhum partido.
 Votar em Dória é fazer valer a lealdade e a gratidão.
 Isso nosso povo sempre demonstrou nas urnas, apesar das “patinadas” de falsas lideranças.

Dr. Fauze Jose Daher

Gastro Cirurgião
Diretor Clínico da Santa Casa de Barretos
Mestre em Ciências pela Univ. Fed de São Paulo (UNIFESP)
Advogado (OAB SP)

domingo, 22 de julho de 2018

A GRAVIDADE DO MOMENTO DA MEDICINA E AS ELEIÇÕES NO CREMESP

          A Medicina Brasileira passa por momentos críticos no instante em que sofre pressões de toda ordem sejam internas ou “importadas”. 
Assistimos hoje uma avalanche de novas faculdades, de jovens formandos sendo lançados no mercado sem o responsável cuidado de donos, gestores e exploradores do ensino médico, sequiosos pela busca do lucro e pouca preocupação com a formação de vidas sagradas: tanto dos aplicadores da medicina (os médicos) como dos usuários da mesma, ou seja, a grande população.
Por outro lado, a desastrosa política do Mais Médicos, inventada pela “importação” de médicos estrangeiros, muitos com formação superficial e objetivando arrancar recursos do Tesouro Nacional para fomentar políticas rasteiras, tardiamente descobertas, das “Cubas da vida”.
Nesse universo de coisas da saúde pública brasileira somam-se gestores de saúde, postados como de alta grandeza, que em verdade se nivelam aos políticos safados de olho em angariar, em ludibriar o cidadão, em contratar e calotear profissionais, num modelo enganador espalhado por todo o País.
Em Barretos temos amostras de todos esses “produtos”. Está desenhado um esquema de exploração não só de médicos como dos demais profissionais da saúde. Com o agravamento de sofrermos um monopólio sórdido, que certamente vai culminar ou desembocar na perda de qualidade da assistência.
Aí vêm eleições do CREMESP, que é uma instituição estadual, fiscalizadora e disciplinadora do exercício profissional e cuidadora da qualidade da assistência que o povo deve receber. Instituição de porte estadual, porém, de maior pujança que o Conselho Federal de Medicina, que congrega toda a federação, com esse mesmo objetivo.
São seis chapas concorrentes, parecendo caídas do espaço sideral ou que andaram adormecidas ou anestesiadas e, somente agora, parecendo assustadas com a realidade cruel e preocupante.
Votar em quem? Em Barretos pude sentir de perto o arrojo, empenho e desprendimento do atual Presidente, e candidato a continuar, o Dr. Lavínio Camarim. Conhecedor dos problemas de Barretos, nesse último ano (como sempre) trouxe seu prestígio, sua experiência, seu senso crítico, extremamente realista e incansável a nos respaldar. 
Tem feito jus ao que já me haviam confidenciado colegas dirigentes de diversos cantos do Estado. Entre nós, barretenses, não há dúvidas quanto a o que será melhor para a classe médica paulista. E também brasileira, pelo que é capaz de liderar e absorver no resto do País.
Se dúvidas possam ainda existir nos quatro cantos de nosso Estado, aqui temos a certeza de que a experiência, necessária e essencial para o momento, é elemento típico desse colega batalhador e preparado.
Se conhecer é fundamental para escolher, podemos afiançar que Dr. Lavínio está preparado para uma nova e preocupante fase que vivemos e que virá no curto prazo. 
Esse nós conhecemos. Nesse podemos confiar.

Dr. Fauze José Daher

Diretor Clínico da Santa Casa de Barretos
Gastro cirurgião Vídeolaparoscopista e Endoscopista
Mestre em Ciências pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP)
Advogado (OAB-SP)

terça-feira, 6 de março de 2018

Santa Casa de Barretos: a aberração de IMPEDIR consulta com um médico da preferência.

A Bioética nasceu nos anos setentas (século passado) visando garantir respeito à vida existente na natureza, seja de seres dotados de inteligência ou não.  
    Aprimorou-se nas últimas décadas, no que tange ao Ser Humano, por conta de preservar um bem que é comum a todos os cidadãos, independente das diferenças de todo e qualquer tipo: a sua dignidade.
Bioética é hoje um instrumento valorizado para o fim de controlar violações de seus princípios, em diversos setores, mormente, no meio de assistência de saúde.
 Que princípios? São 4 que podem ser resumidos a 3, no instante em que o primeiro é apregoa dois em um só: Princípio de fazer a Beneficência e evitar a Maleficência, que alguns estudiosos ditam separadamente. Ele é muito simples: na Medicina propõe que o profissional, frente à doença, SEMPRE DEVERÁ FAZER O BEM E EVITAR que o mal aconteça ou prepondere.
O segundo Princípio, da Autonomia, reserva ao cidadão o direito de escolher o que melhor lhe possa ser feito, desde a procura do profissional de sua preferência, passando por escolha e decisão sobre métodos diagnósticos e de tratamento. Já foi o tempo em que as coisas poderiam ser impostas de forma inexorável. Há, hoje, o direito sagrado de saber detalhes do que será feito e poder DECIDIR, sob a tutela de quem confia, isto é, do seu MÉDICO de preferência.
Ainda hoje pode acontecer, sim, de governantes não oferecerem condições para esse livre arbítrio, que é sagrado e justo para todas as pessoas. Para pobres ou para ricos. Muito embora governantes estabeleçam essas regras e direitos em normas escritas e nos manuais oficiais dos ministérios envolvidos, como no caso do Ministério da Saúde. A razão dessas medidas, no Brasil, nasceu e cresceu no espírito da Constituição Federal de 1.988.
Na lógica de se consolidar no tempo, que é gradativo e lento, acontecem impasses como a impotência ou a irresponsabilidade de governantes não cumprirem com essas regras do direito da Cidadania. Muitas vezes ou em diversos lugares, pode não ser possível os governantes garantirem esse direito. Porém, quando for possível, é crime proibir, coibir ou atrapalhar que isso aconteça.
Aí chegamos em Barretos.
E assistimos a aberração do gestor da Santa Casa, Sr. Henrique Prata, determinar que os pacientes do SUS, SOMENTE possam ser atendidos por clínicos ou cirurgiões por ele contratados. Com isso, marginalizando todo um elenco de profissionais especialistas, experientes, cativos de suas respectivas clientelas, ficando privados de exercerem a sagrada profissão. E ainda pior: impedindo a Autonomia dos pacientes de fazerem suas opções, claro, quando isso for possível.
Escolhas essas que são respaldadas pelo bom senso, senso ético e bioético, todos cobertos por regras que, ora, são Constitucionais acima de tudo. Agravando esse contrassenso, vem a ampliação da SUA medida de IMPOR QUE PACIENTES PARTICULARES OU DE PLANOS DE SAúDE SEJAM ATENDIDOS exclusivamente POR “SEUS MÉDICOS” CONTRATADOS.
Nesse contexto, aprofunda-se a aberração. Faz com que o profissional perca a sua Autonomia, que também é lícita e de preceito ético, de não se ver obrigado a atender, eletivamente, alguém que não lhe empreste confiança. E EM MEDICINA, A CONFIANÇA É ABSOLUTAMENTE NECESSÁRIA E IMPERATIVA.
Esse tema que merece um tratado (tal qual a Bioética, isoladamente, é um belo e longo tratado), vê se agora atropelado pelo Sistema Henrique Prata, estando na esteira de criar conflitos de diversas naturezas.
Primeiro conflito: aborrece ao cidadão que fica privado de optar por quem confie. MESMO QUE PAGUE PARA ISSO.
Segundo conflito: fica o “colega contratado” exposto a ter que enfrentar situações aflitivas e conflituosas, que podem ser geradas por maus eventos ou maus resultados de tratamento clínico ou cirúrgico, sempre possíveis de acontecer. Imagine ter que justificar ou explicar um evento fatal a parentes, familiares e amigos pelos quais não foi escolhido, nem preferido ou nem confiado.
Terceiro conflito: o cidadão atendido ficará exposto a tratar com quem não conhece, com menos experiência profissional que muitos dos “marginalizados” e, hoje, seguramente DIANTE DE PROFISSIONAIS COLOCADOS NO MERCADO, CARECENDO DO NATURAL AMADURECIMENTO TÉCNICO E PROFISSIONAL. Será que isso é o ideal?
Quarto conflito: o sistema do Sr. Henrique Prata tem a característica de não “colocar no papel” essas aberrações que determina, típica de quem sabe que estão permeadas de erros e incorreções, colocadas debaixo de sua própria vontade. São muitas as “ordens” transitadas a médicos subordinados, que “acatam” algo que não poderia ser imposto a profissionais que têm regras e autonomias estabelecidas pela CIÊNCIA, TECNOLOGIA, BOM SENSO E pelo que é de Direito.
Fica aqui registrado o inconformismo de quem é gente, como médico e advogado, que entende da questão num contexto amplo e abrangente; e, com muita EXPERIêNCIA, respeita direitos e procura respeitar a dignidade das pessoas.
Fica aqui o registro de quem, com atribuição dada a um Diretor Clínico de instituição do porte da Santa Casa de Barretos, não ficará inerte, submisso nem conformado com tamanha aberração, plena de insensatez, de desconhecimento dos requisitos técnicos e éticos.
Fica tudo isso muito claro, num exemplo atual e que o mundo todo assiste. O grande e poderoso atleta Neymar dos Santos escolheu, dentre milhares de gabaritados profissionais, O SEU ORTOPEDISTA DE CONFIANÇA, nele confiando, com base em sua AUTONOMIA como paciente e um Ser Humano.
Ainda mais: rechaçando qualquer ideia ou pretensão dos “donos” do seu passe (leia-se Paris Saint German) de fazê-lo ser operado pelos profissionais da confiança do clube.
A coisa vai mais longe. Por que Dr. Lasmar não o operou em São Paulo, terra de Neymar, onde seria de o local de maior alcance tecnológico existente no Brasil? Porque aí prevaleceu a AUTONOMIA do Dr. Lasmar, de executar o procedimento (que faria com competência em qualquer centro cirúrgico de bom nível) no local de sua preferência e de sua decisão. Lógico, resguardados todos os requisitos necessários de boa segurança ao procedimento, como há em B. Horizonte.
Alguém tem dúvida de que a vontade do Doutor ficou acima de desejos, vontades e interesses de PSG, CBF, FIFA, etc. Isso foi possível pela prevalência de Direitos Bioéticos reservados aos cidadãos Neymar e Dr. Lasmar.
Não deveria ser diferente em qualquer canto do mundo (como aqui em Barretos) quando é possível, como sempre foi, poder ESCOLHER UM PROFISSIONAL DE CONFIANÇA OU PREFERÊNCIA.
Da forma como Neymar pôde, o próprio Sr. Henrique Prata, quando fraturou o membro superior, correu para se operar fora, PRETERINDO TODOS OS ORTOPEDISTAS DE BARRETOS. Isso, que vale para o Senhorio, não pode valer também para o cidadão “comum”?
Finalizo, dizendo que nem foi preciso argumentar usando o 3o (ou 4o.) Princípio Bioético, que é o da Justiça, totalmente afeito ao que foi explanado.
A opinião pública, muitas vezes calada, certamente sente-se, no mínimo, desconfortável diante de um quadro como esse.
Contra isso estou lutando e, assim, vou continuar com certeza.

Dr. Fauze José Daher

Diretor Clínico da Santa Casa de Barretos
Gastro Cirurgião

Advogado