Está claro que a grave crise conduziu ao maior interesse
por estas decisões futuras; como, também, é evidente a angústia coletiva gerada
pela insegurança e incerteza, polarizando muito maior atenção.
Chega-se ao ponto de se refutar, rejeitar ou recusar
mobilizações em torno da preparação e bastidores dos Jogos Olímpicos, a
despeito de ser este um evento tão valorizado, tão próximo de nós e sob o risco
de não voltar em futuro muito próximo.
O que se observa é um povo cabisbaixo e triste, preocupado
com coisas muito mais importantes e não contornáveis com o clássico “pão e circo”
classicamente oferecidos para enganar as grandes massas.
A facilidade de se poder acompanhar ou vigiar os debates
das lideranças políticas brasileiras, pelas redes disponíveis, tem propiciado
despertar simpatias a determinadas figuras políticas, bem como colocar outras
em convívio social aflitivos por defenderem teses que não convencem e não
enganam mais.
Seguramente é um novo tempo.
Nosso Brasil foi chacoalhado por um grupo de jovens e
valentes personalidades do mundo jurídico, liderados por um Juiz da estirpe e
coragem de S. Excelência, Dr. Sergio Moro, fazendo o povo se orgulhar e ganhar
novas esperanças num novo Brasil.
As “férias” de 2 semanas no Congresso Nacional, fizeram com que viesse ser percebido que seu
valor, hoje está mais claro do que em tempos nos quais se constituiu numa
instituição onerosa, inoperante e geradora de verdadeira vergonha para a
Sociedade Brasileira. A tal ponto que, tal recesso branco, está parecendo muito
mais longo do que em épocas que nem era lembrado.
Fazem
falta os discursos de Senadores como Magno Malta, Ronaldo Caiado, Cunha Lima,
Aloisio Nunes, Waldemir Moka, Senadoras Simone Tebet, Ana Amélia, como verdadeiros
apologistas do necessário impeachment.
Contraditados pelos defensores do
indefensável, Senadores Lindbergh, Vanessa Graziottin, Gleisi Hofmann, Fatima
Bezerra, cujos discursos monótonos e enfadonhos também deixaram vazio o espaço
que carece de voltar a ser ocupado.
Mas, exatamente nesse momento, lá
estão os protagonistas em sessão Congressual, como que a matar saudades de uma
coisa que outrora seria paradoxal, pelas razões inicialmente postas.
Passa e passará, sem dúvida, a ser
um programa a ser acompanhado doravante, não só pelo objetivo imediato, que é a
consagração de uma necessária e urgente manutenção do novo governo, para o
deslanchar de novas e efetivas
perspectivas de progresso de nosso País.
Vamos acompanhar os próximos dias: o
que dará mais audiência ao povo brasileiro que amadurece (jogos das Olimpíadas)
ou o novo momento político forjado para buscar melhor futuro aos nossos filhos
e netos ?
Acho que a competição dos interesses será muito grande e surpreendente.
Dr. Fauze José Daher
Médico-Cirurgião e Advogado