terça-feira, 27 de janeiro de 2015

A formatura em Direito e o gesto carinhoso, generoso e sem preço



Fim de semana pode contentar mais de mil pessoas que puderam acompanhar a colação de grau, jantar e baile de formatura da XIV turma de Direito do UNIFEB. Fomos 119 alunos festejados por noites que ficarão inesquecíveis em nossas vidas.
Particularmente, poderia reagir de forma mais contida nos sentimentos e na euforia, por conta de já ter vivido esse momento há 41 anos, na minha querida Escola Paulista de Medicina (UNIFESP). Era, então, início de uma carreira de responsabilidade sobejamente conhecida que se me apresentava na idade de 24 anos, após 6 anos de um curso extremamente exigente.
Tudo foi bem, em termos de assimilar a emoção dos meus jovens formandos de Direito, até o momento em que, chamado a colar grau, recebi os aplausos generosos com os “meninos” postando-se de pé, numa atitude coletiva de um respeito que me emocionou.
Não bastasse isso, puseram-se a entoar o grito de “papi” que recebi num significado gostoso, amável, gentil me encarnando a posição dos pais de cada um deles, 5 anos seguidos os acompanhando em nossas aulas.
E foi assim mesmo, porque pude ajudar a decidir frequentes questões do interesse geral da sala, em que somente a experiência seria capaz de apontar o bom caminho. E como foi bom ter outros mais vividos como os queridos Luciano e Geisel, como parceiros nessa missão.
Não foram momentos plenamente pacíficos: houve situações que agradavam por um lado e desagradavam por outro, numa repetição clássica e milenar daquilo que a vida apresenta àqueles que têm convivência estreita como foi a nossa.
Quantos não foram os momentos, mormente, nos 2 primeiros anos, em que tive que assumir o dever de conclama-los ao silêncio e à maior atenção aos Mestres ? E como foram cordatos em atender, como que a conceber as minhas atitudes provindas de seus “papis” dentro da sala de aula.
Sinceramente, se seus gestos na colação de grau não acontecessem, eu saberia entender que estaria sofrendo as consequências das duras exigências que os pais devem impor nos vários momentos da boa criação.
Mas não. Eles foram extremamente generosos, compreensivos e amáveis, premiando-me com algo que, de surpresa, realmente tocou-me fundo transformando, para mim, um evento de que nunca vou me esquecer.
Muito obrigado minhas queridas e queridos colegas Advogados. Tenho a certeza que dentre Vocês teremos no futuro, brilhantes profissionais, Juízes de Direito, Promotores de Justiça, Desembargadores, Delegados, Dirigentes de cartórios e agentes políticos com missão de darem rumo a um país carente de grandes cidadãos.
Há muitas coisas boas para comemorar relacionadas à escola, aos queridos Mestres, à preocupação em lastrear nossa principal universidade no fecho de seus 50 aos de existência. Entretanto, peço vênia para publicar algo pessoal, que é a gratidão pelos aplausos de pé e a consideração de “papi” que estarão marcando, gostosamente, em mim, minha família, meus familiares e meus queridos amigos que lhes puderam assistir.
 Mais do que um Gastrocirurgião, Mestre em Ciências (Escola Paulista de Medicina- UNIFESP), Diretor Clínico da Santa Casa de Barretos e Conselheiro Curador do UNIFEB, paira em mim o orgulho de ser

Bacharel em Direito pela querida XIV Turma.

Um beijo no coração de todos VOCÊS.

Fauze José Daher