Fim
de semana pode contentar mais de mil pessoas que puderam acompanhar a colação
de grau, jantar e baile de formatura da XIV turma de Direito do UNIFEB. Fomos
119 alunos festejados por noites que ficarão inesquecíveis em nossas vidas.
Particularmente,
poderia reagir de forma mais contida nos sentimentos e na euforia, por conta de
já ter vivido esse momento há 41 anos, na minha querida Escola Paulista de
Medicina (UNIFESP). Era, então, início de uma carreira de responsabilidade
sobejamente conhecida que se me apresentava na idade de 24 anos, após 6 anos de
um curso extremamente exigente.
Tudo
foi bem, em termos de assimilar a emoção dos meus jovens formandos de Direito,
até o momento em que, chamado a colar grau, recebi os aplausos generosos com os
“meninos” postando-se de pé, numa atitude coletiva de um respeito que me
emocionou.
Não
bastasse isso, puseram-se a entoar o grito de “papi” que recebi num significado
gostoso, amável, gentil me encarnando a posição dos pais de cada um deles, 5
anos seguidos os acompanhando em nossas aulas.
E
foi assim mesmo, porque pude ajudar a decidir frequentes questões do interesse
geral da sala, em que somente a experiência seria capaz de apontar o bom
caminho. E como foi bom ter outros mais vividos como os queridos Luciano e
Geisel, como parceiros nessa missão.
Não
foram momentos plenamente pacíficos: houve situações que agradavam por um lado
e desagradavam por outro, numa repetição clássica e milenar daquilo que a vida
apresenta àqueles que têm convivência estreita como foi a nossa.
Quantos
não foram os momentos, mormente, nos 2 primeiros anos, em que tive que assumir
o dever de conclama-los ao silêncio e à maior atenção aos Mestres ? E como
foram cordatos em atender, como que a conceber as minhas atitudes provindas de
seus “papis” dentro da sala de aula.
Sinceramente,
se seus gestos na colação de grau não acontecessem, eu saberia entender que
estaria sofrendo as consequências das duras exigências que os pais devem impor
nos vários momentos da boa criação.
Mas
não. Eles foram extremamente generosos, compreensivos e amáveis, premiando-me
com algo que, de surpresa, realmente tocou-me fundo transformando, para mim, um
evento de que nunca vou me esquecer.
Muito
obrigado minhas queridas e queridos colegas Advogados. Tenho a certeza que
dentre Vocês teremos no futuro, brilhantes profissionais, Juízes de Direito,
Promotores de Justiça, Desembargadores, Delegados, Dirigentes de cartórios e
agentes políticos com missão de darem rumo a um país carente de grandes
cidadãos.
Há
muitas coisas boas para comemorar relacionadas à escola, aos queridos Mestres, à
preocupação em lastrear nossa principal universidade no fecho de seus 50 aos de
existência. Entretanto, peço vênia para publicar algo pessoal, que é a gratidão
pelos aplausos de pé e a consideração de “papi” que estarão marcando,
gostosamente, em mim, minha família, meus familiares e meus queridos amigos que
lhes puderam assistir.
Mais do que um Gastrocirurgião, Mestre em
Ciências (Escola Paulista de Medicina- UNIFESP), Diretor Clínico da Santa Casa
de Barretos e Conselheiro Curador do UNIFEB, paira em mim o orgulho de ser
Bacharel em Direito pela
querida XIV Turma.
Um beijo no
coração de todos VOCÊS.
Fauze José Daher