Ao
tempo de (ainda) estar chegando a primeira fatia de recurso do Estado, ficam
cidadãos fazendo cobranças, resultados, muitos dos quais dependem de
recomposição da estrutura do hospital, corroída ao longo do tempo.
São
problemas acumulados há mais de 35 anos, que deverão ser sanados de forma
desafiadora visando, antes de mais nada, um novo modelo administrativo. Chamam
atenção especulações do tipo - pretensão de retomada do controle da instituição,
nos moldes antigos, tão logo sejam regularizadas as atividades do hospital.
Depois
de um longo trabalho que deverá ser realizado, envolvendo setores complexos da
Santa Casa, não é lógico nem lícito devolve-la a um controle que exatamente a
levou à drástica condição de quase fechar, faltar comida e medicação para os
pacientes, calotes a diversos credores e funcionários.
Nesse
momento começam a ser adotadas medidas que atingem inclusive médicos que possam
estar ou estiveram envolvidos no processo de comprometimento da situação do
nosocômio.
Temos levado ao
Ministério Público competente a importância e necessidade de esclarecimento das
causas, inclusive, se nelas estiverem envolvidos colegas médicos, atitude essa
de nos postar distante de qualquer comportamento corporativo. Se existe uma
fama geral de que Corpo Clínico costuma proteger erros ético profissionais, não
será nessa gestão que isso irá acontecer. E se existem maus colegas, certamente
são muito poucos, quando entendemos que não devia haver sequer um.
Outra questão
está relacionada com a paciência para o andamento do processo de recuperação do
hospital. Se 1 milhão por mês apenas tira a gestão do vermelho contábil, todo o
processo final envolverá grandes cifras que poderão vir no bojo do compromisso
do Governo Alkmin de transformar nossa Santa Casa em padrão estruturante, junto a mais 10 outras no Estado. Isso
dará a ela capacidade de ser ponto de resolução de casos que envolvem
tratamentos de alta complexidade, para nossa cidade e nossa região.
Esse processo que
deve custar em torno de 45 milhões de reais, não vai poder ser consolidado num
passe de mágica. Mormente se nos depararmos com manifestações insistentes de
poucos e de uma mídia com vício de intenção, a todo instante ficar apontando
falhas sem o lógico prazo para a devida implementação. Também é um volume de
recurso que não poderá ser colocado em modelo de gestão inconfiável. Quem bem
conhece o Governador Alkmin, ao longo de sua vida pública, sabe o rigor de sua
cobrança quanto à aplicação do recurso público.
As coisas vão
melhorar significativamente. É importante cada um ajudar ou pelo menos não
atrapalhar no processo de reconstrução. Precisa o leitor dessa crônica ficar
atento ao que existe no fundo das manifestações que envolvem a Santa Casa.
Mormente, nas redes sociais e na mídia convencional.
Não é difícil aos
barretenses mais antigos, pelo que conhecem de tempos passados, fazer a leitura
da matéria e da intenção. Porém, os mais novos na cidade sentem certa
dificuldade para entender. Será que a notícia dada é informar ? Ou é difamar ?
Será que significa impactar negativamente algum interesse partidário, grupal ou
empresarial ? Fique atento nos propósitos, procurando deletar aquilo que vem
para confundir.
O importante é
acreditar, pois, muita coisa já melhorou sem o aporte efetivo de grande recurso
financeiro. O clima interno já é claramente outro. E certamente, com trabalho,
irá avançar como a população espera.
Dr. Fauze Daher
(Diretor Clínico)